HISTÓRIA DO VIOLÃO

Atílio Bernardini (*1888 +1975)

Mesmo fora dos cordões carnavalescos, os grupos de choro realizavam as suas rodas. Era uma oportunidade de trocar informações, aprender e ensinar democraticamente. Foi através destas rodas que grandes músicos se formaram e se profissionalizaram. Um dos bons lugares de referência para os chorões foi a casa de Attílio Bernardini.
Attílio Bernardini nasceu em Tietê, começando seus estudos musicais aos 11 anos tocando bandolim, passando para o violão aos 15 anos. Aos 18 começou a estudar violino com o professor Camilio Sangiovanni. Estudou também contrabaixo porém nunca deixou o estudo ao violão já que considerava como o mais expressivo dos instrumentos.
Em 1917 Bernardini ingressou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo com bolsa de composição, estudando então com os maestros Savino de Benedictis e Cantú. Nesse mesmo ano assiste o concerto de Josefina Robledo e, a partir daí, dedica-se mais ao estudo do violão e da harmonia. Ao mesmo tempo as análises que realizava das composições e transcrições de Tárrega, possibilitaram-lhe solucionar todos os possíveis problemas metodológicos sobre o violão.
Iniciou sua carreira como professor em 1924. Suas principais obras são: Cacique, à Beira Mar, Choro nº 1, Mágoas, Violeta, Estudo Rítmico, Conto Oriental, Ilusão, Noites de Espanha, entre outras. Elaborou também um álbum de composições intitulado Lições Preparatórias para violão e métodos práticos para violão e bandolim. Entre suas transcrições estão Prelúdio nº 7 de Chopin, Minueto de Francisco Mignone, Hino Nacional Brasileiro, Olhos Negros além de inúmeras valsas , choros e outras obras.
Abandonando a carreira de concertista, dedicou-se totalmente ao ensino e à composição.
Entre seus alunos mais importantes estão Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, José Alves da Silva, o Aymoré, Edgar de Mello, Ivo de Araújo, Oscar Guerra, Alfredo Scupinari e Ronoel Simões.
Bernardini faleceu em 23 de março de 1975, na cidade de São Vicente, estado de São Paulo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile