HISTÓRIA DO VIOLÃO

Federico Moreno Torroba

Federico Moreno Torroba nasceu na cidade de Madrid em 3 de março de 1891. Seu pai, o organista José Moreno Ballestero, foi quem lhe iniciou na música. Estudou no Conservatório de Madrid e foi discípulo de Conrado Del Campo. Suas primeiras obras como compositor foram sinfonias como Zoraida, Cuadros Castellanos, La ajorca de oro, Capricho Romântico e Suíte Castellana. Mas, depois do êxito de “La Mesonera de Tordesillas” (1925), se inclinou para compor zarzuelas, tão imprescindíveis que o consagrou como um dos maiores compositores do gênero no século XX.

Sua primeira obra foi “Las decididas”, esteada no teatro Lara de Madrid. Sua primeira Zarzuela de êxito foi “La Mesonera de Tordesillas”, com libreto de Sepúlveda e Manzano, estreada no teatro de La Zarzuela em 1925. O argumento de caráter histórico, narra as aventuras do rei Felipe IV e La Calderona. Seguiram obras como “Manola, la Del Portillo”, “La Marcharena”, de ambiente andaluz e estreada em abril de 1928, “Cascabeles”, “Baturra de temple”, “El Aguaducho”, “Azabache” e a zarzuela de ambiente asturiano “Xuanón”. Chegou a compor mais de 80 obras líricas, ainda que em sua última fase se orientou mais pelo gênero de revista.

Em 31 de março de 1931, estreou “La Chulapona”, drama de ambiente casto e ambientada em Madrid do fim do século. Em sua partitura, Torroba seguiu a linha popular madrilena da “La Revoltosa” e “La verbena de la Paloma”. “Luiza Fernanda”, estreada no teatro Calderón em 26 de março de 1932, é sua obra mais famosa. O libreto é da dupla Federico Romero e Guilhermo Fernández Shaw e foi representada mais de 10 mil vezes entre a Espanha e a América. Depois da Guerra Civil Espanhola, Torroba, Romero e Shaw estrearam “Monte Carmelo”, no teatro Calderón, uma zarzuela de ambiente granadino e clima andaluz. Seguem com êxito as obras “La Caramba”, estreada no teatro De La Zarzuela em abril de 1942 com libreto de Luiz Fernandes Ardavin, “La Ilustre Moza”; “Los laureles”; “El cantar Del organillo”; “Sierra Morena”; “Una noche en Aravaca”; “Sor navarra”. Sob o gênero revista destacam-se: “Hoy y Mañana”; “La media naranja” e “Las matadoras”.

Foi acadêmico de Bellas Artes (1935), presidente da sociedade de Autores Espanhóis (1975), empresário e diretor artístico. Durante mais de 20 anos foi diretor dos teatros Calderón e De La Zarzuela de Madrid e da Companhia Lírica Nacional. Conseguiu a medalha de ouro da Villa de Madrid. Morreu na mesma cidade em 12 de setembro de 1982.

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