HISTÓRIA DO VIOLÃO

O Século XVIII

O Século XVIII é chamado por muitos “O século da decadência do violão”. Em plena era de Bach, que morreu em 1750 – ano em que também faleceu Sylvius Leopold Weiss, o último dos grandes alaudistas – o violão experimentou uma fase de retraimento. Foi uma época densa, na qual viveram músicos como Antonio Vivaldi, Tommaso Albinoni, Haendel, Haydn e Mozart. Mas que não nos deu nenhum músico de importância que se dedicasse ao violão.
A grande contribuição do século foi a adição da sexta corda, fixando em definitivo o número de cordas e a afinação. Isaías Sávio (in revista Violão e Mestres, nº 2, 1964) diz que  o provável autor dessa inovação seja  Marechal, luthier estabelecido em Paris na segunda metade do século, “porque aparece em métodos como o de Antonio Nava (1775-1826) sob o título “Método per Chitarra Francesa”. Qual a razão da expressão francesa? Cremos ser a adição da sexta corda.”
Frederico Moretti publicou em Nápoles um método para violão com o seguinte trecho:

“Embora use um violão de sete cordas simples, pareceu-me mais oportuno acomodar esses princípios ao violão de seis cordas, por ser o instrumento que se toca na Espanha. Por essa mesma razão, fui obrigado, quando publiquei este método em italiano no ano de 1792, a adaptá-lo ao violão de 5 cordas pois, naquele tempo, não se conhecia ainda na Itália, o violão de seis cordas.”

Fernando Ferandière, compositor espanhol, autor de “Arte de Tocar La Guitarra Española” publicada em Madri em 1799, descreve a afinação do violão em Mi, La, Re, Sol, Si e Mi (duplas). Não se sabe quando foi modificado para cordas simples mas o método de Ferandière é o último a citar as cordas duplas.

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