HISTÓRIA DO VIOLÃO

Robert de Visée (ca. 1655-1733)

Francisco Corbetta (1620-1681)

Quando Francisco Corbetta (1620-1681) morreu em Paris, Robert de Visée, seu mais famoso discípulo, sucedeu-o na posição de guitarrista da corte de Luis XIV.

Robert de Visée foi, sem dúvida o melhor discípulo de Corbetta e suas composições para violão superaram, longe, o mestre. Nelas se destaca a fluência melódica e harmônica, especialmente nas suas suítes (das quais a “Suíte em Lá Menor” é o mais brilhante exemplo). Em Visée encontramos pela primeira vez a música feita, não só para, mas também como violão. Melodia e harmonia fluem sem esforço. Seu “Livre de Guitarre” (Paris, 1682) esgotou-se rapidamente e repetiu seu sucesso quando reimpresso, quatro anos mais tarde. Suas composições são hoje obrigatórias nos repertórios de concerto. Robert de Visée foi o primeiro compositor da época a ter suas obras transcritas das velhas tablaturas e executadas em concertos. A transcrição e divulgação foi feita por Napoleão Coste, compositor e violonista francês de grande prestígio, na segunda metade do século XIX.

Em 1686, Robert de Visée era um dos músicos favoritos do rei Luís XIV, tocando regularmente nas câmaras reais privadas, ao mesmo tempo que era reconhecido em Versalhes (estabelecido como a nova sede do governo da França em 1682) por sua musicalidade. No entanto, ele não ocupou nenhum cargo oficial até 1709, quando foi nomeado cantor da câmara real. Ele se apresentou em concertos na corte com as principais figuras musicais da época, incluindo o cravista Jean-Baptiste Buterne e o viola da gamba Antoine Forqueray. Ele foi nomeado “Mestre da Guitarra do Rei” (Maître de Guitare du Roi) em 1719, isso depois de ter ensinado não oficialmente o Rei a partir de 1695, e cedeu o cargo a seu filho François, em 1721.

ViseeeaTeorba

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