HISTÓRIA DO VIOLÃO

Outros nomes do Séc. XIX – II

Depois de um período de glória e brilhantismo, no final do século XIX, o violão entra novamente em decadência e é relegado aos subúrbios da arte musical, sem que se possa atinar com a causa precisa do fenômeno, dado que o pano de fundo do início do século – quando o violão não só sobrevive ao prestígio cada vez maior do piano e da música sinfônica, como também ocupa lugar de destaque nas programações de concertos em todo mundo – continua praticamente o mesmo.

Antes de falar de um dos maiores violonistas do século XIX, Francisco Tárrega, vamos ainda falar de alguns violonistas que abrilhantaram este século.

Franz Simon Molitor – (1766-1848) – violonista, professor e compositor alemão. Deixou interessantes composições para o instrumento. Parece que Molitor foi o primeiro cronista a queixar-se, através da imprensa, do descaso com que era tratado o violão em certos ambientes.

Julian Arcas – (1832-1882) – Célebre concertista e compositor espanhol. Os cronistas o colocam, juntamente com Napoleão Coste, como um dos grandes elos entre o violão do século XIX e o do século XX. Considerado um grande executante, foi amigo de Antonio Torres no qual alguns atribuem parte do mérito na definição do desenho definitivo do violão.

Juan Parca – (1843-1899) – Violonista e compositor espanhol. Foi discípulo de Julian Arcas, formando assim uma escola cujo maior fruto seria o grande Francisco Tárrega.

Felipe Gragnani – (1767-1812) – Compositor e violonista italiano. Estudou contraponto com Giulio Maria Luchesi. Seus estudos musicais não tinham, a principio, o violão como objetivo, mas foi de tal modo atraído pelo instrumento que para ele escreveu várias peças e até um método, depois de tornar-se um hábil executante. Sua música é descomplicada, fluente e agradável. Segundo Bruno Henze, Gragnani teria sido aluno de Carulli.

Luigi Rinaldo Legnani – (1790-1877) – Nascido em Ferrara, Itália, foi violonista, compositor, luthier e cantor ocasional. Contemporâneo dos cinco grandes do violão, destacou-se por ter sido grande amigo do célebre violinista Nicolau Paganini, com quem realizou diversos concertos. Nessas apresentações, seu violão, longe de ser mero instrumento acompanhador, figurava muitas vezes em pé de igualdade com o violino, especialmente em algumas peças compostas pelo próprio Paganini para o duo. Em 1839, quando ainda não completara 50 anos, resolve dedicar-se à profissão de luthier. Faleceu em Ravena com a avançada idade de 86 anos.

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