HISTÓRIA DO VIOLÃO

Outros nomes do Séc. XIX

O século XIX produziu uma safra inigualável de grandes músicos que se dedicaram ao violão. A carência de pesquisas aprofundadas, a falta de registros confiáveis e o extravio ou perda de documentos pode até ter contribuído para diminuir o brilho de alguns desses nomes, os quais, sem dúvida, pelo simples fato de serem lembrados no contexto histórico de um instrumento notoriamente negligenciado pela crônica, merecem toda nossa atenção e todo nosso respeito. Veja os outros compositores e violonistas de destaque ao longo do século XIX:

Frederico Moretti (? – 1838) Nascido em Nápoles segundo alguns autores, foi, como Sor, aluno do Padre Basílio. Foi também violoncelista de Câmara da Coroa Espanhola e capitão da guarda real de Madri. Sua obra intitulada “Princípios de tocar la guitarra” publicada em Nápoles em 1792 e depois em Madri, com texto espanhol, em 1799, constitui importante documento na determinação da data aproximada em que foi adicionada a sexta corda. Nela, Moretti afirma: “Embora eu use um violão de ste cordas simples, pareceu-me mais oportuno acomodar estes princípios ao violão de seis cordas, por ser o instrumento que se toca na Espanha. Por essa mesma razão fui obrigado, quando publiquei este método em italiano no ano de 1792, a adaptá-los ao violão de cinco cordas, pois, naquele tempo, não se conhecia ainda, na Itália, o violão de seis cordas”

Fernando Ferandiére – Há carência de dados biográficos sobre este compositor espanhol. Sabe-se pela data de publicação de suas obras que estava em plena atividade no fim do século XVIII e no princípio do século XIX. Publicou, em 1799 a “Arte de tocas la guitarra española” na qual aparece uma das primeiras menções ao violão de seis cordas.

Joseph Simon Molitor

Joseph Simon Molitor (1766-1848)– Compositor e violonista alemão. Deixou-nos um método e várias composições para o instrumento. Foi cronista e, nos seus escritos, queixava-se sempre do pouco caso que se fazia do violão em sua época. Radicado em Viena, exerceu nessa capital, por muitos anos, a profissão de professor de música e de violão.

Wenceslau Thomas Matiegka (1773-1830)– Compositor e violonista austríaco. É o autor do célebre Trio para violão, flauta e violino, transformado por Franz Schubert num quarteto para flauta, violão, viola e violoncelo que foi, durante algum tempo, atribuído ao próprio Schubert.

Francisco Molino (1775-1847) – Nascido em Florença, Itália, viajou muito pela Espanha até radicar-se em Paris, em 1820. Escreveu um método completo para violão, publicado com texto bilíngue e editado já no século XIX. Molino, que também foi violinista, deixou-nos um trio para violão, flauta e violino, duos para violão e piano, vários duos para violão e violino e estudos para violão.

Joseph K. Mertz – Violonista e compositor austríaco, considerado um dos melhores executantes de seu tempo. Foi vencedor de um concurso de composição que contou com a participação de Napoleão Coste. Um acidente que lhe afetou o braço direito o fez perder a destreza, interrompendo sua careira de concertista. Escreveu um método do qual muitos estudos são executados até hoje.

Júlio Regondi – Nasceu em Gênova, Itália, em 1822 e faleceu em Londres em 1876. Aprendeu a tocar violão com seu pai e foi menino prodígio, tendo começado a dar concertos quando contava apenas com 7 anos de idade.

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